O boxe brasileiro está em uma trajetória promissora nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com grandes chances de garantir medalhas. Após a vitória expressiva de Wanderley Pereira nesta terça-feira (30), a expectativa é alta para que ele, junto com Keno Marley e Bia Ferreira, alcance as semifinais e, consequentemente, assegure um lugar no pódio. No boxe olímpico, não há disputa pelo terceiro lugar, de modo que os perdedores das semifinais já garantem a medalha de bronze.
Bia Ferreira: Primeira a Buscar o Pódio
A próxima luta decisiva para o Brasil será de Bia Ferreira, que conquistou a prata em Tóquio 2020. Ela subirá ao ringue já nesta quarta-feira (31), às 10h (horário de Brasília), enfrentando a holandesa Chesley Heinjen na categoria -60kg. Bia, conhecida por sua técnica e determinação, tem a chance de repetir ou até superar seu desempenho nos últimos Jogos, reafirmando sua posição como uma das maiores atletas do boxe brasileiro.
Luiz Oliveira "Bolinha" e o Legado de Família
Logo após a luta de Bia Ferreira, Luiz Oliveira, conhecido como “Bolinha”, fará sua estreia na categoria –57kg contra o americano Jahmal Harvey. Bolinha carrega um legado importante no boxe, sendo neto de Servílio de Oliveira, o primeiro medalhista olímpico do Brasil na modalidade, com um bronze nos Jogos Olímpicos do México em 1968. A expectativa é grande para que ele continue a tradição de sucesso da família no esporte.
Vitória Sólida de Wanderley Pereira
Wanderley Pereira, conhecido como “Holyfield”, teve uma performance dominante nesta terça-feira, derrotando o haitiano Cedrik Duliepe por decisão unânime. Os dois já haviam se enfrentado nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, onde Wanderley conquistou a medalha de prata. Demonstrando tranquilidade e controle durante o combate, Wanderley destacou-se pela execução precisa de sua estratégia, focando em golpes rápidos e movimentação lateral.
“Consegui seguir a minha estratégia, que era trabalhar bastante a mão da frente, mover para os lados e surpreender com golpes de velocidade. Deu certo e eu consegui sair com uma vitória tranquila”, disse o pugilista, natural de Conceição de Almeida, Bahia. Apesar da confiança, Wanderley prefere manter o foco e não pensar na medalha ainda: “Eu vim preparado para dar um passo de cada vez. Então não quero pensar nisso ainda”, completou.
Desafios e Superações
Nem todos os resultados foram favoráveis para o boxe brasileiro. Michael Douglas Trindade foi derrotado pelo cubano Alejandro Claro na categoria –52kg. Trindade expressou sua insatisfação com o resultado, mas manteve a determinação de se preparar melhor para futuras competições: “Não estou satisfeito com o meu resultado porque vim em busca de medalhas. Vida que segue. Vou manter a cabeça no lugar e me preparar ainda melhor para os próximos Jogos Olímpicos”, disse o atleta.
Outros pugilistas brasileiros, como Abner Teixeira, medalhista de bronze em Tóquio, e Tatiana Chagas, também enfrentaram derrotas em suas primeiras lutas, sendo eliminados da competição. No entanto, ainda há esperança com Caroline Almeida, Jucielen Romeu e Barbara Santos, que iniciarão sua caminhada olímpica nos próximos dias.
Retrospectiva e Expectativas
O boxe brasileiro vive um momento de ascensão, tendo alcançado sua melhor campanha olímpica em Tóquio 2020, com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. Em Paris 2024, a equipe busca manter e, quem sabe, superar esse desempenho. Com atletas experientes e determinados, as próximas lutas prometem emoção e a possibilidade de mais medalhas para o Brasil no boxe olímpico.
Fonte: Acorda Cidade